Uma mistura de jazz tradicional e música de vanguarda é designada por jazz de vanguarda. Esta tendência surgiu nas décadas de 1950 e 1960. Baseia-se numa ruptura com os elementos originais do jazz, utilizando novas técnicas expressivas e meios técnicos. Para os intérpretes deste estilo, a auto-expressão está em primeiro lugar.

Nas décadas de 1950 e 1960, os músicos de jazz fizeram experiências com música alternativa, o que levou ao nascimento do jazz de vanguarda. Este estilo rejeita a primazia dos elementos tradicionais e faz uso extensivo de novos meios e técnicas expressivas. A auto-expressão através da música é a coisa mais importante para os músicos deste género. Entre os representantes proeminentes do estilo estão Sun Ra, Alice Coltrane e Archie Shepp.

O nascimento do jazz de vanguarda foi grandemente influenciado por John Coltrane. No início dos anos 60, ele ultrapassou os limites do hard e do post-bop com as suas composições “Impressions”, “A Love Supreme”. Ao mesmo tempo, Ellis Coltrane, Eric Dolphy e Andrew Hill faziam experiências na mesma direcção. O jazz de vanguarda também começou a difundir-se fora da América, tendo um papel significativo sido desempenhado pelo polaco Krzysztof Komeda e pelo alemão Peter Brotzmann.

Do jazz de vanguarda, na viragem dos anos 60-70, surgiu o jazz criativo, não muito diferente do seu progenitor. Era uma música em que o tema e a improvisação se fundiam num único todo, com arranjos entrelaçados com a base e fluindo sem problemas uns dos outros. Os fundadores desta tendência foram Jimmy Jeffrey (saxofone), Leni Tristano (teclados) e Gunter Schuler (melodista). Entre os músicos criativos contam-se Anthony Braxton e Sam Rivers (saxofone), Andrew Hill e Paul Bley (piano), e o Art Ensemble of Chicago.